PEQUIM (Reuters) - O presidente chinês Xi Jinping se encontrou com líderes de vários países neste sábado, com Pequim usando o começo dos Jogos Olímpicos de Inverno para avançara na diplomacia, em meio a tensões efervescentes com os Estados Unidos.
Após um acordo com a Rússia na sexta-feira em relação a Taiwan e contra a expansão da Otan, Xi teve reuniões com líderes de Sérvia, Egito, Cazaquistão, Uzbequistão e Turcomenistão e foi anfitrião de um banquete no Grande Salão do Povo em Pequim.
Mais de 30 líderes estrangeiros viajaram para Pequim para a cerimônia de abertura de sexta-feira. Mas os EUA e outros países ocidentais fizeram boicote, em meio a tensões geopolíticas e acusações de abusos de direitos humanos em Xinjiang, na China.
O Global Times, gerido pelo governo comunista, rebateu reportagens da mídia estrangeira de que o evento atraiu apenas líderes autoritários, acusando-a de usarem clichês anti-China.
O banquete foi o primeiro encontro de Xi com líderes de Estado desde o início da pandemia de Covid-19, no fim de 2019.
O Diário do Povo descreveu as relações entre China e Rússia como "importante garantia para manter o equilíbrio estratégico nacional, a paz mundial e a estabilidade". O Global Times chamou de o começo de uma nova era não definida pelos EUA.
O acordo "sem limites" para uma parceria estratégia incluiu apoio da Rússia para a oposição da China a qualquer forma de independência para Taiwan, e o apoio da China para a oposição da Rússia à expansão da Otan.
A Rússia mobilizou 100.000 soldados perto da sua fronteira com a Ucrânia para tentar pressioná-la a descartar uma futura entrada na Otan. Moscou negou planos de invadir o país.