Investing.com - A XP Investimentos informou nesta terça-feira que iniciou a cobertura das ações da Vivara (SA:VIVA3), com recomendação de compra e preço-alvo para o final do ano que vem de R$ 30. Considerando o valor de fechamento de ontem, representa um potencial de ganhos de 25%.
Em relatório enviado a clientes, a corretora destaca a companhia se consolidou como a maior varejista de joias no Brasil por meio de um sólido histórico de execução. A avaliação é que para os próximos anos, após o início das negociações dos papéis na bolsa, a Vivara (SA:VIVA3) poderá acelerar seu crescimento por meio de um ambicioso plano de abertura de novas lojas, o que será financiado pela capitalização obtida com o IPO.
A Vivara (SA:VIVA3), segundo o documento assinado pela analista de varejo Mariana Vergueiro, é uma das poucas empresas de seu setor que conta com um processo de produção verticalizado, em um mercado de joias com poucas barreiras para entrada, mas repleto de desafios no momento de escalar o negócio. Assim, a fábrica de Manaus permite que a varejista garanta preços mais competitivos e abastecimento das lojas com maior frequência.
Assim, a XP vê a Vivara (SA:VIVA3) como um marca que captura uma consumidora mais clássica e de maior poder aquisitivo com os produtos tradicionais de ouro; assim como uma consumidora mais jovem e descolada através dos produtos de prata da marca Life.
Para a analista, as ações da Vivara (SA:VIVA3) estão negociando a 22x P/L para 2020 (contra 26x na média do setor), o múltiplo parece alto. Entretanto, ela destaca que o patamar atual das ações como um ponto de entrada atrativo para uma varejista que crescerá acima de outras empresas do setor.
A expectativa é que o plano de abertura de 514 novas lojas até 2024 sustente um crescimento robusto por mais tempo. Assim, a estimativa da XP é de um crescimento médio anual de +23% nas vendas, +26% de EBITDA e +26% de lucro líquido para os próximos três anos, com sólidos retornos (ROIC próximo de 30% em 2023e).
Apesar disso, são enxergados riscos na tese, sendo um deles o de execução do plano de abertura de lojas. Já o segundo diz respeito à perspectiva para as margens da companhia, em função do aumento recente de 20% no preço do ouro nos últimos 12 meses.