Investing.com - O balanço da XP (SA:XPBR31) (NASDAQ:XP) do primeiro trimestre parece um pouco morno para o Bank of America (NYSE:BAC), que destacou a queda na receita da empresa. O banco afirma que o crescimento da corretora digital está mais lento quando comparado com os anos anteriores.
A recomendação do BofA sobre a XP é neutra, com preço-alvo em US$ 40.
As ações da XP fecharam em forte baixa em Wall Street, onde os papéis da corretora brasileira são negociados, com queda de 7,46% a US$ 21,83.
Para o BofA, a receita 5% mais fraca da XP é resultado principalmente da queda de 11% no trimestre dos rendimentos do varejo, o que é um sinal da pressão acentuada que o segmento está sofrendo. Por outro lado, a receita bruta subiu 17% na comparação anual, impulsionada pela mesa de operações.
O banco também destaca que apesar da margem bruta da XP ter crescido na comparação anual, por causa da mudança do mix para a renda fixa, a margem Ebitda Ajustada contraiu, resultado do maior número de funcionários e investimentos em novos produtos.
As entradas recorrentes chegaram ao patamar mais baixo do soft guidance da XP, que era esperado entre R$ 10 milhões e R$ 15 milhões,sendo esse o ritmo mais lento desde 2T20. As adições líquidas recuaram de 120 mil no 4T21 para 88 mil no 1T22, também no ritmo mais lento em mais de 3,5 anos.
O BofA destaca que após o Itaú (SA:ITUB4) comprar 11,36% das ações da XP, o banco brasileiro e a sua holding Itaúsa (SA:ITSA4) possuem juntas cerca de 23% da corretora digital. Ainda assim, o BofA afirma que as duas empresas enxergam a XP como um ativo não essencial e provavelmente voltarão a vender as suas participações na fintech.