Por Terje Solsvik e Gwladys Fouche
OSLO (Reuters) - A norueguesa Yara, uma das maiores fabricantes de fertilizantes do mundo, disse nesta quinta-feira que está reduzindo ainda mais a produção de amônia na Europa devido ao aumento dos preços do gás, o mais recente exemplo de uma fabricante cortando a produção em razão dos altos custos de energia.
A utilização da capacidade de amônia da Yara na Europa está em cerca de 35% após a mudança.
"Com isso, a Yara terá reduzido uma capacidade anual equivalente a 3,1 milhões de toneladas de amônia e 4,0 milhões de toneladas de produtos acabados", disse a empresa em comunicado.
Os fertilizantes requerem grandes quantidades de energia para serem produzidos. Fabricantes como a Yara usam gás no processo.
A empresa usaria seu sistema global de fornecimento e produção para otimizar as operações e atender à demanda dos clientes, acrescentou, incluindo a produção contínua de nitrato, usando amônia importada, quando possível.
A Yara vem alertando repetidamente que o mundo enfrenta um choque extremo de oferta de alimentos, devido a uma combinação de altos preços do gás, guerra na produtora de grãos Ucrânia e sanções à produtora de fertilizantes Rússia.
A Yara é uma das várias empresas químicas europeias que reduziram a produção de amônia devido ao aumento dos preços do gás. As alemãs SKW Piesteritz e BASF já cortaram parte de sua produção de amônia.
A BASF também está considerando novos cortes em sua produção de amônia, disseram fontes à Reuters em julho.
(Por Terje Solsvik e Gwladys Fouche)