Por Michael Kahn e Jan Lopatka
PRAGA (Reuters) - Autoridades globais de segurança fecharam acordo nesta sexta-feira em torno de um conjunto de propostas para futuras redes de telecomunicação 5G, destacando preocupações com equipamentos fornecidos por grupos que possam estar sujeitos à influência de Estados.
Nenhum fornecedor foi nomeado no acordo, mas os Estados Unidos têm pressionado seus aliados para limitar o papel dos fabricantes chineses de equipamentos de telecomunicações, como a Huawei, afirmando que Pequim os utiliza para fins de espionagem. A Huawei nega as acusações norte-americanas.
"O risco global de influência sobre um fornecedor por um país terceiro deve ser levado em conta", disseram os participantes de uma conferência do setor na capital tcheca em um comunicado não vinculativo.
Representantes de 30 países da União Europeia, da OTAN e de países como Estados Unidos, Alemanha, Japão e Austrália compareceram à reunião para traçar um esboço de práticas que podem formar uma abordagem coordenada para segurança compartilhada e medidas políticas.
Fontes diplomáticas disseram que os países participantes não estavam prontos para assinar nenhum documento vinculante em Praga porque não haviam concluído os debates sobre o assunto nacionalmente, mas pediram aos participantes que aproveitassem o momento para avançar.
Nem a China, nem a Huawei foram convidadas para o evento, embora os participantes tenham dito que nenhum país ou empresa estava sendo especificamente excluído.
Os membros da UE têm até o final de junho para avaliar os riscos de segurança cibernética relacionados ao 5G, levando a uma avaliação em todo o bloco até 1º de outubro. Depois disso, os países da UE teriam que concordar com medidas para mitigar os riscos até o final do ano.