SAN FRANCISCO/PEQUIM/XANGAI (Reuters) - A varejista online chinesa Alibaba planeja uma grande jogada para ganhar negócios nos Estados Unidos neste ano, oferecendo aos varejistas norte-americanos novas maneiras de vender à vasta e crescente classe média chinesa.
Ancorado pelo Alipay, sistema de pagamentos eletrônicos dominante na China que trabalha em estreita colaboração com o Alibaba e é controlado por seus executivos, a maior varejista online do mundo está usando o apelo dos consumidores chineses para atrair parceiros dos EUA, disseram duas fontes próximas à empresa à Reuters.
Vista há anos como a inimiga mais perigosa da Amazon.com com 300 bilhões de dólares em vendas globais, A Alibaba faz uma abordagem conservadora para sua expansão nos EUA, diferentemente das especulações da indústria de que a empresa estaria tramando um ataque direto em solo norte-americano.
A estratégia, divulgada à Reuters pela primeira vez por fontes e executivos que trabalham diretamente com a empresa chinesa, tem como objetivo divulgar melhor as atividades do Alibaba, ganhar um terreno em um importante mercado ocidental e estabelecer as bases para um atuação de longo prazo.
No centro da decisão estão as tentativas de Alipay e Alibaba de entregar vendas chinesas, pagamentos e envios para alguns dos maiores nomes do varejo norte-americano, de Neiman Marcus a Saks. Ambos confirmaram o acordo, mas não quiseram falar sobre os projetos.
As chinesas também vão trabalhar com a startup americana Shoprunner, shopping online de varejistas dos EUA na qual detém participação, e a fornecedora de serviços de varejo BorderFree, para ajudá-las a cortejar os consumidores chineses.
(Por Edwin Chan, Paul Carsten e John Ruwitch)