Por Stephen Nellis e Lisa Richwine
SÃO FRANCISCO/LOS ANGELES (Reuters) - A Apple (NASDAQ:AAPL) deve finalmente abrir as cortinas nesta segunda-feira de um esforço para produzir uma série de filmes e programas de TV destinados a competir com grandes empresas de mídia e aumentar a receita de serviços digitais enquanto as vendas do iPhone caem.
"É hora do show" é como a fabricante do iPhone anunciou o projeto para o Steve Jobs Theater em sua sede em Cupertino, na Califórnia. Analistas acreditam que será o primeiro evento de lançamento da empresa de tecnologia que não contará com novos gadgets ou hardware.
É provável que celebridades de Hollywood se desloquem até a sede de Cupertino da Apple para saudar a estréia de uma loja digital renovada da Apple TV. A Apple espera nomes como Jennifer Aniston, Reese Witherspoon, Oprah Winfrey e Steven Spielberg.
A companhia vai se juntar a um campo lotado onde rivais como o Prime Video da Amazon (NASDAQ:AMZN) e a Netflix (NASDAQ:NFLX) gastaram pesadamente para captar a atenção de telespectadores e ganhar dinheiro com séries e filmes premiados.
O salto da Apple para o entretenimento original sinaliza uma mudança fundamental em seus negócios. As vendas de hardware, que davam muito dinheiro, como iPhone, iPad e Mac, estavam estagnadas ou fracas em seu ano fiscal mais recente.
Sem outro novo gadget definidor de categoria anunciado ao público, espera-se que a Apple conte com a venda de assinaturas e serviços como streaming de vídeo, música e seguro de hardware.
O segmento de serviços respondeu por apenas 14 por cento da receita total de 265,6 bilhões de dólares da Apple, mas os investidores depositam suas esperanças no crescimento da área.
Nesta segunda-feira, a Apple também deve revelar uma opção de assinatura da Apple News com conteúdo das principais editoras e um novo cartão de crédito com a Goldman Sachs para reforçar a Apple Pay.