TAIPEI/XANGAI (Reuters) - Um dos principais centros de estudos ligados ao governo chinês criticou a Apple (NASDAQ:AAPL), Amazon (NASDAQ:AMZN) e outras companhias estrangeiras por não se referirem a Hong Kong e Taiwan como parte da China em um relatório que gerou uma dura reação de Taipei.
A Academia Chinesa de Ciências Sociais disse em um relatório neste mês que 66 das 500 maiores companhias do mundo usaram "rótulos incorretos" para Taiwan e 53 tinham erros no modo como se referiram a Hong Kong, segundo o jornal chinês Legal Daily. A organização disse que 45 companhias se referiam a ambos os territórios de forma incorreta.
Pequim considera a autônoma Taiwan como uma província rebelde da China e a ex-colônia britânica de Hong Kong voltou ao controle chinês em 1997 e funciona como um território semi-autônomo.
No ano passado, a China intensificou a pressão sobre companhias estrangeiras, incluindo Marriott e Qantas, por se referirem a Taiwan e Hong Kong como separadas da China em sites e outros materiais.
O relatório foi co-escrito pela academia de Ciências Sociais e por um instituto de desenvolvimento de pesquisas na internet da Universidade de Pequim. Uma autoridade do instituto disse à Reuters que o relatório ainda não foi publicado abertamente e não quis fornecer uma cópia.
Um porta-voz do presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, disse que Taiwan não cederá à pressão chinesa.
(Reportagem de Yimou Lee, Jess Macy Yu, Josh Horwitz; reportagem adicional da Redação de Xangai, Gao Liangping, Cate Cadell, Pei Li, Brenda Goh e Naomi Tajitsu)