Por Stephen Nellis e Sonam Rai
CUPERTINO, Estados Unidos (Reuters) - A Apple (NASDAQ:AAPL) apresentou iPhones maiores e uma nova linha de relógios que podem detectar problemas cardíacos, à medida que estimula usuários a migrar para dispositivos mais caros, conforme a demanda global por smartphones se estabiliza.
As alterações relativamente pequenas em seus aparelhos, após o lançamento do iPhone X em 2017, eram amplamente esperadas pelos investidores.
A estratégia foi bem-sucedida, ajudando os papéis da Apple a subir mais de 30 por cento neste ano, tornando-a na primeira empresa norte-americana de capital aberto a atingir um valor de mercado de mais de 1 trilhão de dólares neste ano.
"As coisas provavelmente ficarão muito melhores nas próximas semanas e meses, particularmente com uma forte temporada de vendas de fim de ano", disse Jake Dollarhide, presidente-executivo do Longbow Asset Management.
Os novos telefones da Apple são o XS, com tela de 5,8 polegadas (14,7 cm), com preço a partir de 999 dólares. O XS Max, o maior iPhone já feito até hoje, com tela de 6,5 polegadas (16,5 cm), disponível a partir de 1.099 dólares.
A empresa usa o sufixo 'S' quando atualiza os componentes, mas deixa o exterior de um telefone igual. O iPhone X do ano passado - pronuncia-se "dez" - representou uma grande redesenho na aparência do celular.
A Apple também lançou o Xr, feito de alumínio e com tela de baixo custo de 6,1 polegadas (15,5 cm), a partir de 749 dólares.
Com dois modelos a partir de 999 ou mais nos EUA, a Apple parece estar aproveitando a forte economia norte-americana, o baixo desemprego e o aumento da riqueza familiar no país.
DISPOSITIVOS MÉDICOS
A Apple, que quer reduzir sua dependência do iPhone, abriu o evento dizendo que sua nova linha de relógios Apple Watch Series 4 terá tela infinita, como seus telefones mais recentes, cerca de 30 por cento maior que nos modelos atuais.
O novo relógio, posicionado como dispositivo de saúde mais abrangente, capaz de fazer um eletrocardiograma para detectar batimentos cardíacos irregulares e fazer uma chamada de emergência automaticamente se detectar que o usuário está desmaiando, tornando o equipamento potencialmente atraente para clientes de mais idade.
A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora de alimentos e medicamentos dos EUA, disse que trabalhou com a fabricante para desenvolver aplicativos para o Apple Watch e está tomando medidas para facilitar a regulamentação para empresas que buscam criar produtos de saúde digitais.
(Por Sonam Rai e Stephen Nellis)