TORONTO (Reuters) - Ataques cibernéticos estão tendo um impacto maior no lucro corporativo e se tornando uma realidade para as companhias. A Mondelez, que fabrica as bolachas Oreo, a farmacêutica Merck (NYSE:MRK) e outras disseram que um ataque na ultima semana do segundo trimestre interromperam as operações.
Segunda maior empresa de confeitaria do mundo, a Mondelez informou queda de 5 por cento nas vendas trimestrais nesta quarta-feira, responsabilizando o ataque do vírus NotPetya em 27 de junho pelos atrasos nas entregas e faturamento.
Outras vítimas do NotPetya incluem a Merck, que na semana passada alertou que o NotPetya tinha interrompido a produção de alguns medicamentos e que não tinha os custos totais relacionado ao ataque.
A empresa de entregas FedEx, a Moller-Maersk de operações portuárias e a britânica de bens de consumo Reckitt Benckiser (LON:RB) também foram afetadas, segundo as contas das companhias.
"A tendência está acelerando", disse Winer. "À medida que os hackers ficam mais sofisticados, eles estão atacando grandes empresas".
Jake Dollarhide, líder do Longbow Asset Management, que gerencia 85 milhões de dólares em ativos, disse esperar que os ataques cibernéticos se tornem tão comuns quanto as informações de que uma tempestade ou preços do petróleo afetam resultados.
A Cyence, uma empresa que ajuda seguradoras a mensurar riscos cibernéticos, estimou que os custos financeiros do NotPetya podem totalizar 850 milhões de dólares.
Os principais ataques cibernéticos globais têm o potencial para causar prejuízos econômicos comparáveis com catástrofes naturais como o Sandy em 2012, disseram a Cyence e Lloyd's of London em relatório conjunto em julho. A média de perdas econômicas causadas por interrupções pode variar de 4,6 bilhões a 121 bilhões de dólares, disse o documento.
"Como investidores temos que aceitar essa nova realidade na nova era digital", disse Dollarhide.
(Por Jim Finkle)