Por Gabriela Mello
SAO PAULO (Reuters) - A varejista online B2W está testando o uso de drones para transportar mercadorias de seus centros de distribuição para as lojas, em um esforço para ganhar eficiência e superar os desafios logísticos do país.
O movimento torna a B2W a primeira varejista local a introduzir drones em sua cadeia logística e sucede tentativa similar no início do ano da startup de entregas iFood.
Embora o uso de drones já seja uma realidade em países desenvolvidos como os Estados Unidos, com empresas como a gigante de comércio eletrônico Amazon.com na vanguarda, a tecnologia ainda depende de regulamentação no Brasil.
"Estamos trabalhando muito próximo da agência reguladora, a Anac, para ajudar a escrever essa regulamentação no Brasil... Esperamos começar a transportar mercadorias com drones do centro de distribuição ou hubs para as lojas até janeiro de 2021", disse à Reuters o diretor financeiro e de relações com investidores da B2W, Fábio Abrate, nesta quinta-feira.
Ele se recusou a informar quanto será desembolsado na iniciativa.
Operando sob as marcas Submarino, Americanas.com, Sou Barato e Shoptime, a B2W é controlada pela Lojas Americanas, que conta com cerca de 1.500 lojas no país.
Inicialmente, o grupo usará drones para transportar produtos dos seus 15 centros de distribuição e 200 hubs para as lojas. "Entrega diretamente no endereço do cliente não vai ser algo para agora", acrescentou Abrate.
O drone testado pela varejista, que usa tecnologia da empresa brasileira de engenharia de software SMX Systems, pode percorrer até 36 quilômetros por hora e tem capacidade de carga de dois quilos.
Num esforço adicional para se destacar em um mercado cada vez mais concorrido, a B2W também vem ofertando mais produtos financeiros para compradores e vendedores em sua plataforma de comércio eletrônico.
Quase um ano após lançar uma carteira digital - agora com 2,5 milhões de usuários, a B2W recentemente lançou empréstimos consignados para aposentados e pensionistas em parceria com o Banco Cetelem, unidade do francês BNP Paribas. O processo de contratação é todo online e o plano é expandir o serviço para mais clientes no futuro.
(Por Gabriela Mello)