(Reuters) - Os negócios que não dependem de publicidade da Alphabet, que englobam sua unidade de nuvem, o celular Pixel e a loja online Play Store, têm ficado espremidos entre o gigante publicitário Google e os projetos de inovação radical que têm capturado a imaginação popular.
Mas não mais.
Os negócios, classificados como "outras receitas" em seu mais recente balanço trimestral, registraram alta de 49,4 por cento na receita para 3,10 bilhões de dólares - montante superior a receita anual do Twitter.
Esses negócios respondem agora por cerca de 13 por cento da receita total da Alphabet, comparado com os 10 por cento há um ano.
Pode não ser um grande crescimento, mas definitivamente destaca os esforços do Google para reduzir a dependência de sua receita com anúncios, onde compete com o Facebook.
"(Google) está fazendo um bom trabalho, um trabalho muito melhor em diversificar as receitas do que o Facebook ", disse o analista James Wang, da ARK Investment Management. "Achamos que isso é uma conquista impressionante."
A Alphabet não detalha as contribuições dentro do segmento "outras receitas". Mas analistas disseram que a nuvem é a mais proeminente entre a categoria de negócios.
De qualquer forma, o negócio de nuvem do Google continua sendo muito menor do que o de líderes do mercado Amazon Web Service, da Amazon.com e Azure, da Microsoft. Porém, a Google está investindo com força no setor.
"No 1º trimestre, nosso maior crescimento de pessoal e em despesas de capital foi em nuvem", disse o presidente-executivo do Google, Sundar Pichai, em uma teleconferência com analistas na quinta-feira.
O negócio de nuvem da Amazon cresceu 43 por cento para 3,66 bilhões de dólares no primeiro trimestre, enquanto a unidade em nuvem da Microsoft cresceu 93 por cento.
"Nós acreditamos que o Google continuará a ganhar força no mercado em nuvem, e quando combinado com o Google Play e as vendas dos produtos de hardware do Google, nós vemos as 'outras' rendas do Google crescendo 38 por cento para aproximadamente 14 bilhões de dólares em 2017", disse em nota o analista da Morningstar Ali Mogharabi.
(Por Supantha Mukherjee e Julia Love, com reportagem adicional de Geetha Panchaksharam)