PEQUIM/XANGAI (Reuters) - A empresa chinesa de mídia social ByteDance não tem planos de vender parte ou todo o seu aplicativo TikTok, disse nesta terça-feira o chefe da pequena plataforma de vídeo, negando uma reportagem na mídia que dizia que a empresa estava avaliando opções para fazê-lo devido a preocupações dos EUA.
A Bloomberg informou na segunda-feira que a empresa estava considerando uma venda de participação da TikTok.
"De tempos em tempos, você pode ler histórias na mídia que não são verdadeiras. Hoje há uma reportagem imprecisa alegando que a ByteDance considerou vender parte ou a totalidade do TikTok", disse Alex Zhu, em uma nota interna da empresa vista pela Reuters.
"Nós afirmamos 'on the record' que não era verdade, mas eles decidiram publicá-la de qualquer maneira. Quero garantir que não tivemos discussões com potenciais compradores da TikTok, nem pretendemos."
Uma porta-voz da ByteDance se recusou a comentar a nota interna, mas reiterou que "não houve discussões sobre qualquer venda parcial ou total do TikTok".
"Esses rumores são completamente sem mérito", acrescentou.
A ByteDance tem procurado salvaguardar o TikTok, popular entre adolescentes nos Estados Unidos, de muitas de suas operações chinesas para garantir às autoridades reguladoras dos EUA que os dados pessoais mantidos pelo aplicativo são armazenados de forma segura nos EUA e não serão comprometidos pelas autoridades chinesas.
O Comitê de Investimentos Estrangeiros nos EUA, que analisa acordos de adquirentes estrangeiros quanto a possíveis riscos à segurança nacional, está analisando a compra de 1 bilhão de dólares do aplicativo de mídia social Musical.ly da ByteDance em 2017, que lançou as bases para o rápido crescimento do TikTok, informou a Reuters.
(Reportagem de Yingzhi Yang em Pequim e Brenda Goh em Xangai)