(Reuters) - A CBS informou nesta segunda-feira que pagará 120 milhões de dólares ao ex-presidente-executivo, Leslie Moonves, se uma investigação interna sobre alegações de assédio não fornecer justificativas para a sua demissão.
Moonves, que transformou a CBS de envelhecida emissora de rádio e TV numa bem sucedida provedora de shows para plataformas digitais, deve obter cerca de 100 milhões de dólares em indenizações.
A CBS informou em documento regulatório que doaria em conjunto com Moonves mais 20 milhões de dólares a organizações apoiando o movimento #MeToo.
Moonves, alto executivo na CBS desde 2006 e importante figura no grupo de mídia por mais de duas décadas, renunciou no domingo em meio a uma nova onda de acusações contra ele de agressão sexual e assédio.
A CBS informou que leva muito a sério essas alegações.
Moonves reconheceu três dos encontros mais recentemente descritos, mas disse que foram consensuais, em comunicado à revista New Yorker.
Mais tarde, ao anunciar sua renúncia, ele disse: "Alegações falsas de décadas atrás agora estão sendo feiitas contra mim que não são consistentes com quem sou."
Ele não respondeu a pedidos de comentários nesta segunda.
A CBS informou no comunicado que o montante de 120 milhões de dólares em indenização seria depositado dentro de 30 dias e que Moonves pode terminar com nada se o resultado da investigação vier contra ele.
O conselho decidirá o curso de ação a ser tomado antes de 31 de janeiro e a decisão será sujeita a arbitragem vinculante.
Separadamente, a CBS e o acionista controlador National Amusements (NAI) também encerrarão um litígio sobre o controle da companhia, colocando fim a uma das maiores disputas entre grandes empresas de mídia na América.
Moonves se opôs aos esforços da NAI, que é de propriedade de Shari Redstone e seu pai Sumner Redstone, para a fusão da CBS com a Viacom, outra companhia deles.
O documento desta segunda confirmou que a NAI decidiu não propor a fusão entre CBS e Viacom por dois anos, a menos que consiga dois terços de votos de diretores não afiliados ao acionista controlador.
(Por Supantha Mukherjee)
((Tradução Redação São Paulo; 55 11 56447553))
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