TÓQUIO (Reuters) - A Toshiba não cogita cancelar a venda de 18 bilhões de dólares da unidade de chips de memória a menos que haja uma "grande mudança material", disse o novo presidente-executivo do conglomerado japonês nesta terça-feira.
A empresa não conseguiu concluir a venda para um consórcio liderado pela companhia de private equity norte-americana Bain Capital no prazo acordado de 31 de março enquanto aguarda a aprovação do órgão regulador antimonopólio da China.
Pelo acordo, a Toshiba agora tem a opção de cancelar a venda sem prejuízo. O cancelamento daria à Toshiba a liberdade de seguir caminhos alternativos, como renegociar a venda ou realizar uma oferta inicial de ações - movimento que os acionistas ativistas pediram à Toshiba para considerar.
"Manteremos nossa postura e esperaremos pela aprovação regulatória chinesa, a menos que mudanças drásticas ocorram", disse Nobuaki Kurumatani a repórteres. A Toshiba pretende concluir a venda o mais rápido possível, disse ele.
Questionado sobre o que quis dizer com mudança drástica, ele citou a falha em receber aprovação regulatória chinesa ou alguma situação imprevista envolvendo o consórcio.
(Por Makiko Yamazaki)