Por Diane Bartz
WASHINGTON (Reuters) - O Departamento de Justiça dos Estados Unidos está considerando adiar uma reunião com procuradores estaduais planejada para a semana que vem para discutir preocupações sobre vozes conservadoras sendo sufocadas nas redes sociais, de acordo com uma pessoa a par das discussões.
Empresas como Facebook (NASDAQ:FB), Twitter (NYSE:TWTR) e Alphabet (NASDAQ:GOOGL), dona do Google, foram acusadas por alguns conservadores de supostamente excluir suas ideias.
As empresas negam tal viés.
O Departamento de Justiça disse na semana passada que convidou um grupo bipartidário de 24 procuradores-gerais para participar da reunião de 25 de setembro. Até agora, os procuradores-gerais da Califórnia, Nebraska, Carolina do Sul e Texas disseram que compareceriam.
O procurador-geral Jeff Sessions convocou a reunião depois que o presidente Donald Trump criticou as redes sociais, alegando tratamento injusto com os conservadores. Questões antitruste também devem ser discutidas na reunião.
As empresas de mídia social têm enfrentado pressão de usuários e legisladores sobre seu papel na disseminação de informações falsas, e intensificaram os esforços para restringir as atividades que visam perturbar as eleições norte-americanas legislativas de meio de mandato ou que usam discursos de ódio ou violentos.
O Departamento de Justiça está considerando realizar a discussão sobre mídias sociais durante uma reunião de novembro da Associação Nacional dos Procuradores Gerais, disse a fonte.
O Departamento de Justiça não respondeu a um pedido de comentário.
O deputado Greg Walden, presidente do Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Deputados dos EUA, disse em uma audiência no início deste mês que o Twitter havia cometido "erros" que, segundo ele, minimizavam a presença dos republicanos no site de mídia social.
Na audiência, o presidente-executivo do Twitter, Jack Dorsey, disse que alguns dos algoritmos da plataforma não foram imparciais e que o algoritmo foi alterado para corrigir o problema.
Publicamente, pelo menos, os procuradores-gerais estaduais não deram muito apoio à ideia de que eles poderiam investigar as empresas de mídia social por causa de preocupações com o viés político.