(Reuters) - O diretor de segurança do Facebook, Alex Stamos, vai deixar a empresa em agosto, afirmou uma fonte à Reuters nesta segunda-feira, e uma notícia da imprensa citou desentendimentos sobre como a rede social deveria lidar com seu papel na disseminação de informações falsas.
A fonte afirmou ainda que o Facebook já retirou de Stamos as responsabilidades sobre resposta a campanhas de desinformação patrocinadas por governos.
Sem negar sua saída da empresa, Stamos publicou no Twitter que seu papel na companhia de fato mudou, mas que ele ainda está completamente comprometido com o trabalho no Facebook.
Representantes do Facebook não puderam ser contatados de imediato para comentar o assunto.
A notícia da saída de Stamos foi publicada mais cedo pelo The New York Times.
Dentro do Facebook, Stamos vinha sendo um forte defensor de investigação e revelação da atividade da Rússia na rede social, frequentemente causando consternação em importantes executivos da empresa, incluindo a vice-presidente de operações, Sheryl Sandberg, publicou o jornal.
As responsabilidades de Stamos foram alteradas em dezembro e depois disso ele afirmou que vai deixar a companhia, publicou o jornal.
Stamos acabou então sendo depois persuadido a ficar no Facebook até agosto para supervisionar a transição de suas funções porque os executivos da companhia acreditavam que sua saída da empresa seria avaliada pelo público como um fato negativo, publicou o jornal citando funcionários atuais e antigos da rede social.
A reputação do Facebook tem sido atingida por acusações de que a Rússia usou ferramentas da rede social para dividir eleitores dos EUA e publicar notícias falsas antes e depois do pleito de 2016 que elegeu Donald Trump.
Além disso, o presidente-executivo da rede social, Mark Zuckerberg, enfrenta cobranças de autoridades dos Estados Unidos e da Europa para explicar como uma consultoria que trabalhou na campanha de eleição de Trump ganhou acesso indevido a dados de 50 milhões de usuários da companhia.
As ações do Facebook encerraram em baixa de quase 7 por cento nesta segunda-feira, retirando 40 bilhões de dólares do valor de mercado da companhia em meio a preocupações de investidores de que novas legislações possam prejudicar os negócios com publicidade.