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Divisão do Google de acesso à internet por balões ainda procura suas asas

Publicado 01.07.2019, 11:28
Atualizado 01.07.2019, 11:31
© Reuters.
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Por Paresh Dave

SÃO FRANCISCO (Reuters) - A aposta do Google em balões para entregar serviço de redes de celular enfrentará um teste crucial em meio a dúvidas sobre a viabilidade da tecnologia por parte de alguns clientes em potencial.

O Loon, projeto do Google que pretende levar acesso à internet para áreas rurais e remotas, diz que seus balões chegarão ao Quênia nas próximas semanas para seu primeiro teste comercial. O teste com a Telkom Kenya, a terceira maior operadora do país, permitirá que os moradores de uma montanha tenham acesso à rede 4G a preços de mercado por um período indefinido. A autoridade de aviação do Quênia disse que sua aprovação final será assinada este mês.

Iniciado em 2011, o Loon pretende levar conectividade a partes remotas do mundo, usando equipamentos de rede movidos a energia solar em áreas onde as torres de celular seriam caras demais para serem construídas.

Seus balões de hélio do tamanho de quadras de tênis demonstraram ser úteis. Nos últimos três anos, o Loon permitiu que as operadoras de telefonia móvel no Peru e em Porto Rico usassem balões de graça para substituir as torres de telefonia celular derrubadas por desastres naturais.

As autoridades quenianas estão entusiasmadas ao tentar conectar mais cidadãos.

Mas executivos de cinco outras operadoras de telefonia móvel cortejadas pelo Loon em quatro continentes disseram à Reuters que o Loon não é adequado atualmente, e talvez nunca seja. Essas empresas, incluindo a Telkom Indonesia, a Vodafone (LON:VOD) New Zealand e a gigante francesa Orange, dizem que o Loon deve demonstrar que sua tecnologia é confiável, segura e lucrativa para as operadoras.

Hervé Suquet, vice-presidente de tecnologia e informação da Orange Oriente Médio e África, disse que o Loon precisa se provar no Quênia.

"Se os resultados forem positivos, estaremos potencialmente interessados", disse ele em um comunicado.

Outro problema é um processo alegando que o Google roubou as ideias do uso de balões de um concorrente em 2008. Um julgamento em tribunal federal está previsto para começar no dia 2 de agosto em San Jose, Califórnia. Se perder, o Loon pagará danos determinados pelo júri à Space Data, de Chandler, Arizona, que vende balões de comunicação para os militares dos EUA.

O Loon disse que vai "se defender vigorosamente".

Alastair Westgarth, presidente-executivo da subsidiária da Alphabet (NASDAQ:GOOGL), expressou confiança em sua estratégia. "Múltiplas" entidades adicionais estão perto de assinar contratos com o Loon, disse ele. A força de trabalho da empresa triplicou para mais de 200 funcionários no ano passado.

O Loon também atraiu financiamento externo. Um braço da empresa de telecomunicações japonesa SoftBank investiu 125 milhões de dólares como parte de uma parceria neste ano. Acelerando o interesse anteriormente não declarado do Loon em aplicações industriais, como servir fazendas e poços de petróleo.

"Com anos de desenvolvimento técnico, mais de 35 milhões de quilômetros voados e centenas de milhares de pessoas conectadas, temos uma grande vantagem inicial e estamos bem posicionados para conectar muitas pessoas e aproveitar as oportunidades que surgem", disse Westgarth.

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