Por Supantha Mukherjee
(Reuters) - A empresa de investimentos Elliott Management questionou nesta segunda-feira a compra da Time Warner pela AT&T por 85 bilhões de dólares e pediu que a operadora de telefonia móvel venda empresas não essenciais, elevando as ações ao pico em um ano.
O fundo de hedge do bilionário Paul Singer, que divulgou uma participação de 3,2 bilhões de dólares na AT&T, chamou a empresa de "profundamente desvalorizada" e sugeriu que pressionará para ter cadeiras no conselho, propondo mudanças que poderiam dobrar o preço atual das ações da empresa.
"Apesar de quase 600 dias entre a assinatura e o fechamento (e mais de um ano desde então), a AT&T ainda precisa articular uma lógica estratégica clara sobre o motivo pelo qual a empresa precisa ser dona da Time Warner", disse a Elliott em carta ao conselho de administração da empresa.
A empresa comprou a Time Warner no ano passado em um acordo que lhe deu o controle da HBO e da CNN e demorou mais de dois anos para concluí-lo, enquanto foi investigada por autoridades antitruste e até questionado pelo presidente Donald Trump.
Em resposta à carta de Elliott, a AT&T disse que se envolveria com a Elliott e revisaria as opiniões dos acionistas.
A Elliott não deu detalhes sobre os erros que viu no acordo, mas disse que continua cautelosa com os benefícios da aquisição que também trouxe para a empresa as redes TBS e TNT, bem como o estúdio de cinema Warner Bros, produtor de "Batman" e "Harry Potter", da AT&T.
A AT&T ficou abaixo das expectativas de receita cinco vezes nos últimos oito trimestres, de acordo com dados da Refinitiv.
A Elliott disse que uma revisão estratégica ajudará a AT&T a pagar rapidamente as dívidas por meio de desinvestimento e aumentar seu perfil financeiro.