NVDA disparou 197% desde a entrada na estratégia de IA em Novembro - é hora de vender? 🤔Saiba mais

ENFOQUE-Plano do Softbank para segundo Vision Fund é atingido por fracasso do WeWork

Publicado 05.10.2019, 14:22
Atualizado 06.10.2019, 14:29
ENFOQUE-Plano do Softbank para segundo Vision Fund é atingido por fracasso do WeWork
UBER
-

Por Anirban Sen

(Reuters) - O fundador e presidente-executivo do SoftBank Group, Masayoshi Son, está tendo dificuldades para captar dinheiro para um segundo fundo de investimento em tecnologia após a fracassada oferta pública da empresa do WeWork e da queda no valor de outros grandes investimentos, de acordo com duas pessoas familiarizadas com a situação.

Son ainda está determinado a avançar com o Vision Fund 2, apesar de alguns terem pedido um adiamento, disseram à Reuters as duas pessoas com conhecimento das discussões internas do SoftBank. É provável que o fundo seja muito menor, pelo menos no início, do que os 108 bilhões de dólares que o SoftBank disse que tinha alinhado quando anunciou o fundo em julho, disseram as fontes.

Grandes investidores ainda não embarcaram no projeto, deixando um compromisso de 38 bilhões de dólares do próprio SoftBank como o único grande investimento, de acordo com as fontes. E o tamanho desse investimento pode estar sendo questionado, dado alguns dos recentes contratempos que o Softbank sofreu e a falta de dinheiro disponível em seu balanço patrimonial, de acordo com uma análise da Reuters.

O Vision Fund e o SoftBank Group se recusaram a comentar a situação do Vision Fund 2.

A implosão no valor do WeWork e os questionamentos sobre seu modelo de negócio prejudicaram a reputação de Son como um investidor experiente e apontam para uma grande redução de valor do primeiro Vision Fund. O SoftBank e o Vision Fund juntos investiram mais de 10 bilhões de dólares na empresa, investindo parte disso em um cenário no qual a empresa do WeWork foi avaliada em 47 bilhões em janeiro. Mas o WeWork abandonou recentemente os planos para uma oferta pública inicial que teria avaliado a empresa em apenas 10 bilhões a 12 bilhões de dólares.

Se o segundo fundo ficar muito aquém do objetivo de Son ou for descartado, terá amplas implicações para os investidores do Vale do Silício e empreendedores de Wall Street.

O primeiro Vision Fund, que levantou 97 bilhões de dólares, transformou o mundo dos investimentos em tecnologia com enormes apostas em empresas em rápido crescimento, mas não comprovadas. Foi maior do que o valor agregado arrecadado por toda a indústria de capital de risco dos EUA em 2018, dando à Son uma enorme influência sobre o mercado de empresas iniciantes.

Os céticos dizem que os problemas no WeWork e o fraco desempenho no mercado de empresas que perdem dinheiro, como a Uber (NYSE:UBER) e a Slack, provocarão uma grande queda no valor das numerosas empresas iniciantes chamadas de unicórnios, que valem mais de um bilhão de dólares.

"A radiação está se espalhando por toda parte", disse Scott Galloway, um autor e empresário que leciona na Universidade de Nova York e que tem acompanhado de perto a turbulência do WeWork.

Certamente, há investimentos nas mais de 80 empresas que o Vision Fund financiou e que parecem estar se pagando rapidamente. A empresa de entregas DoorDash, por exemplo, disparou em valor, pelo menos no papel, de 1,4 bilhão de dólares em março passado para 12,6 bilhões em maio. O SoftBank, que detém cerca de um terço do Vision Fund, divulgou em julho um retorno de 62% de seu investimento, incluindo taxas de gestão e desempenho.

Son também tem um histórico de grandes retornos: os 20 milhões de dólares que investiu no Alibaba da China em 2000 valem agora mais de 100 bilhões de dólares, por exemplo. A maioria dos analistas classificam o SoftBank como "compra" e dizem que ele ainda tem capacidade de pegar empréstimos, e sua unidade de telecomunicações e internet de propriedade majoritária gera lucros saudáveis.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.