Por Paul Day e Paresh Dave
MADRI/SÃO FRANCISCO (Reuters) - Um estudo independente liderado por um grupo acadêmico na Espanha mostrou que informações pessoais podem ser coletadas por aplicativos Android pré-instalados em dispositivos novos e estão sujeitos a pouca supervisão.
A pesquisa realizada por Universidade Carlos III de Madri, IMDEA Networks Institute e Stony Brook University analisou aplicativos pré-instalados em dispositivos Android de 2.748 usuários, de 214 fornecedores, em 130 países.
O estudo descobriu que o momento das configurações do novo aparelho representa uma potencial ameaça para a privacidade e segurança dos usuários, porque os aplicativos pré-instalados pedem acesso a dados similares aos que programas distribuídos pela loja Play, do Google (NASDAQ:GOOGL), não podem ter.
Os aplicativos pré-instalados também não podem ser removidos dos aparelhos e o Google pode não estar agindo com rigor sobre verificações da segurança destes programas antes distribuídos por sua loja, disseram os pesquisadores.
"Há uma falta de regulação e transparência e ninguém parece estar monitorando o que estes aplicativos fazem", disse Juan Tapiador, co-autor da pesquisa.
O Google afirma que fornece ferramentas para equipar os fabricantes e ajudá-los a ter certeza de que seu software não viola os padrões de privacidade e segurança da companhia.
Na semana passada, o jornal New York Times publicou que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos investiga o Facebook, por trabalhar com fabricantes de hardware para ter certeza de que seu aplicativo esteja nos dispositivos dos usuários.