WASHINGTON (Reuters) - Um código associado com uma campanha de ataque cibernético russa foi encontrado em um laptop associado a uma empresa de fornecimento de energia do Estado norte-americano de Vermont, mas o computador não estava conectado à rede, informou a companhia na sexta-feira.
“Tomamos ação imediata para isolar o laptop e alertamos autoridades federais sobre essa descoberta”, afirmou o Departamento de Eletricidade de Burlington em comunicado.
“Nossa equipe está trabalhando com autoridades federais para rastrear esse 'malware' e impedir que outras tentativas de se infiltrar em nossos sistemas sejam bem-sucedidas. Alertamos as autoridades do estado e vamos apoiar totalmente as investigações.”
O Departamento de Segurança Nacional alertou na quinta-feira as empresas públicas sobe um código de “malware” usado na campanha russo de ataques cibernéticos, informou o Departamento Elétrico de Burlington.
“Agimos rapidamente para verificar todos os computadores do nosso sistema para rastros do ‘malware’. Nós o detectamos em um único laptop do Departamento Elétrico de Burlington, não conectado à rede da nossa organização”, afirmou.
A aparição do código no laptop pode ter sido resultado de um episódio relativamente benigno, como a visita a um website suspeito, disse uma fonte próxima ao assunto, sugerindo que hackers russos podem não estar diretamente envolvidos.
Não ficou claro quando tal incidente teria ocorrido.
Na quinta-feira, o presidente dos EUA, Barack Obama, ordenou a expulsão de 35 supostos espiões russos e impôs sanções a duas agências de inteligência da Rússia por causa do suposto envolvimento na invasão de sistemas de grupos políticos norte-americanos durante a eleição presidencial de 2016.
A decisão foi tomada após reportagem do jornal The Washington Post mostrar que hackers russos invadiram a empresa de Vermont.
Autoridades governamentais e das companhias monitoram com regularidade os sistemas elétricos da nação, porque eles são altamente computadorizados. Assim, qualquer problema pode ter graves implicações para os serviços médicos e de emergência, de acordo com o jornal.