Por Suzanne Smalley
(Reuters) - A Casa Branca anunciou nesta quinta-feira uma nova estratégia de segurança digital, no mais recente esforço do governo dos Estados Unidos para reforçar suas defesas online em meio a um aumento constante de crimes digitais e de ações de hackers direcionados ao país.
A estratégia, que visa orientar políticas futuras, exige uma regulamentação mais rígida das práticas de segurança digital existentes em todos os setores e uma melhor colaboração entre o governo e o setor privado.
A iniciativa aponta a China e a Rússia como as ameaças mais proeminentes para os Estados Unidos. Em uma ligação com repórteres, uma autoridade norte-americana que não quis ser identificada disse que parte da nova estratégia visa conter os hackers russos.
"A Rússia está servindo como um porto seguro de fato para o cibercrime, e o ransomware é uma questão predominante com a qual estamos lidando hoje", disse o funcionário.
Os ataques de ransomware, nos quais grupos de criminosos assumem o controle dos sistemas de um alvo e exigem pagamentos de resgate, estão entre os tipos mais comuns de ataques hackers e impactaram uma ampla gama de setores nos últimos anos.
“O sistema de justiça criminal não será capaz de resolver sozinho este problema, precisamos olhar para outros elementos do poder nacional”, acrescentou o funcionário. "Portanto, esperamos que a Rússia entenda as consequências da atividade maliciosa no ciberespaço e continue a ser contida."
A estratégia pede a construção de coalizões com parceiros estrangeiros "para criar pressão sobre a Rússia e outros atores mal-intencionados para que mudem seu comportamento", disse uma segunda autoridade dos Estados Unidos na teleconferência, que também não quis ser identificada.
"Acho que tivemos algum sucesso em manter essas coalizões no ano passado", acrescentou o funcionário.
Entre algumas diretrizes, a estratégia exige a melhoria dos padrões de correção de vulnerabilidades em sistemas de computador e a implementação de uma ordem executiva que exigirá que as empresas de nuvem verifiquem a identidade de clientes estrangeiros.
(Por Suzanne Smalley e Zeba Siddiqui)