Por Karen Freifeld e David Shepardson
NOVA YORK/WASHINGTON (Reuters) - Funcionários de alto escalão do governo dos Estados Unidos concordaram com novas medidas para restringir o fornecimento global de chips à chinesa Huawei Technologies, disseram fontes familiarizadas com o assunto, enquanto a Casa Branca intensifica as críticas à China por causa do coronavírus.
Com a mudança, empresas estrangeiras que usam equipamentos para produzir chips dos EUA seriam obrigadas a obter uma licença no país antes de fornecer determinados chips à Huawei. A empresa chinesa de telecomunicações foi colocada em uma lista negra no ano passado, limitando seus fornecedores.
Uma das fontes disse que a mudança de regra visa restringir a venda de chips sofisticados à Huawei, mas não semicondutores mais antigos, mais comoditizados e amplamente disponíveis.
Como a maioria dos equipamentos de fabricação de chips usados em todo o mundo depende da tecnologia norte-americana, a mudança representaria uma expansão da autoridade de controle de exportação que alguns especialistas em comércio disseram que irritaria os aliados dos EUA.
Não está claro se o presidente Donald Trump, que parecia recuar sobre a proposta no mês passado, aprovará a mudança de regra.
A decisão foi tomada quando autoridades dos EUA de várias agências se reuniram e concordaram na quarta-feira em alterar a Regra de Produto Direto Estrangeiro, que sujeita alguns produtos fabricados no exterior com base em tecnologia ou software dos EUA a regulamentos do país, disseram as fontes.
O Departamento de Comércio dos EUA, que teria um papel na promulgação de qualquer mudança de regra, não fez um comentário imediato.