Por David Ingram
SAN FRANCISCO (Reuters) - O Facebook lançou nesta quinta-feira um arquivo de anúncios políticos dos Estados Unidos, mostrando quem pagou por eles e outros detalhes, após protestos contra a suposta compra de anúncios pela Rússia nas eleições de 2016.
A ferramenta será lançada em outros países nos próximos meses.
O Facebook, que tem 2,2 bilhões de usuários ativos mensais, prometeu há sete meses criar um cache, dizendo na véspera das audiências no Congresso dos EUA que queria aumentar a transparência sobre seu papel na propaganda política.
Serviços digitais como Facebook, Twitter, Google e YouTube potencializaram a forma como as campanhas políticas alcançam eleitores em muitos países devido ao seu poder de segmentar anúncios em públicos estreitos e seu baixo custo em comparação com anúncios de televisão.
A partir desta quinta-feira, todos os anúncios americanos sobre eleições ou questões políticas no Facebook e no Instagram, que pertence ao Facebook, devem ser rotulados com o nome de quem está pagando, disse Rob Leathern, diretor de gerenciamento de produtos publicitários do Facebook, em um post. O arquivo começa com anúncios publicados em maio.
Ao clicar no rótulo, a pessoa é levada a um arquivo com informações como o orçamento da campanha, quantas pessoas viram e a demografia dessas pessoas, como idade, localização e sexo, disse Leathern.
"Acreditamos que o aumento da transparência levará a uma maior responsabilização e responsabilidade ao longo do tempo - não apenas para o Facebook, mas também para os anunciantes", disse Leathern.
Google e Twitter disseram que planejam construir bancos de dados similares.
(Por David Ingram)