SAN FRANCISCO (Reuters) - A Kleiner Perkins Caufield & Byers, empresa de investimentos que ajudou companhias como Google e Amazon, se defenderá nos tribunais nesta terça-feira em um caso de discriminação de gênero que pode revelar o funcionamento do mercado de venture capital.
A ex-sócia da Kleiner Ellen Pao acusa a empresa de não a ter promovido ou pagado melhores compensações depois que ela acusou um sócio de assédio. Kleiner negou as acusações de discriminação e retaliação, e disse que Pao não teve o desempenho de seus colegas. Os dois lados devem fazer suas declarações nesta terça-feira na corte superior de San Francisco.
O caso ajudou a desatar uma ampla discussão no Vale do Silício sobre sexismo. Desde que Pao entrou com a ação em 2012, funcionárias da Pantheon Ventures e CMEA, duas empresas de venture capital, e uma co-fundadora do Tinder entraram posteriormente com processos semelhantes.
No mês passado, uma ex-namorada processou o investidor Joe Lonsdale por assédio e abuso sexual. Lonsdale negou as alegações e acusou a mulher de difamação.
Diversas empresas de tecnologia divulgaram estatísticas mostrando que a porcentagem de mulheres entre seus funcionários é de cerca de 30 por cento. Elas culpam em parte a falta de mulheres qualificadas para a contratação, mas muitos críticos dizem que as empresas não estão fazendo o suficiente para atrair e reter funcionárias.
(Por Sarah McBride e Dan Levine)