Por Sijia Jiang
HONG KONG (Reuters) - A Huawei apresentou uma moção legal buscando declarar como inconstitucional uma lei de defesa dos Estados Unidos, no mais recente ato da fabricante chinesa de equipamentos de telecomunicações para lutar contra as sanções de Washington que ameaçam empurrá-la para fora do mercados globais.
A moção pede que a Lei de Autorização de Defesa Nacional (NDAA) de 2019 seja declarada como inconstitucional em julgamento sumário.
A NDAA proíbe que as agências federais e seus fornecedores usem equipamentos da Huawei por motivos de segurança nacional, citando os laços da empresa com o governo chinês.
A Huawei negou repetidamente que seja controlada pelo governo, serviços militares ou de inteligência da China.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, manteve a pressão sobre a Huawei nesta quarta-feira.
"A Huawei é um instrumento do governo chinês", disse Pompeo em entrevista à Fox Business Network. "Eles estão profundamente conectados. É algo difícil para os americanos entenderem."
O chefe jurídico da Huawei, Song Liuping, disse nesta quarta-feira que a companhia está revendo maneiras de combater a proibição norte-americana, que segundo ele afeta mais de 1.200 fornecedores e ameaça atingir seus 3 bilhões de clientes em 170 países.
"Hoje são as telecomunicações e a Huawei, amanhã pode ser sua empresa, sua indústria, seus clientes", disse ele a jornalistas na sede da Huawei em Shenzhen.
Enquanto isso, Vincent Pang, vice-presidente sênior de comunicações corporativas da Huawei, afirmou que as sanções dos EUA transcenderam as fronteiras da competição normal de mercado.
"Isso pode levar ao início da fragmentação do ecossistema global e padrões do setor de tecnologia", disse Pang.