Por Sijia Jiang
HONG KONG (Reuters) - A Huawei Technologies lançou nesta segunda-feira um novo chipset para uso em servidores, em um momento em que a China se empenha para melhorar sua capacidade de produzir chips e reduzir a forte dependência de importações, especialmente dos Estados Unidos.
A Huawei, que obtém a maior parte de sua receita com a venda de equipamentos de telecomunicações e smartphones, busca meios de crescer em computação em nuvem e serviços corporativos, conforme o negócio de equipamentos está sob crescente fiscalização no Ocidente, em meio a preocupações sobre a influência do governo chinês na empresa.
A Huawei negou repetidamente essa influência.
As empresas chinesas também estão tentam minimizar o impacto de uma disputa comercial que levou os Estados Unidos e a China a imporem tarifas sobre as importações de tecnologia um do outro.
Para a Huawei, o lançamento do chipset - chamado de Kunpeng 920 e projetado pela subsidiária HiSilicon - aumenta suas referências como designer de semicondutores, embora a companhia tenha dito que não tinha a intenção de se tornar apenas uma empresa de chips.
"É parte da nossa solução de sistema e serviço em nuvem para os clientes... Nós nunca faremos do nosso negócio de chipset um negócio autônomo", disse Ai Wei, responsável pelo planejamento estratégico dos chipsets e de tecnologia de hardware da Huawei.
A empresa já produz a série de chips para smartphones Kirin em seus telefones de última geração, e a série de chipsets Ascend para seu sistema de inteligência artificial lançado em outubro.
A empresa afirmou que sua mais recente unidade de processamento central (CPU) de 7 nanômetros e 64 núcleos proporcionará um desempenho muito mais alto para os centro de dados e reduzirá o consumo de energia.
A unidade é baseada na estrutura da empresa britânica de chips ARM - de propriedade do japonês SoftBank Group -, que está tentando desafiar o domínio de CPUs e servidores da norte-americana Intel (NASDAQ:INTC).