SAN FRANCISCO (Reuters) - Agências de publicidade estão, pela primeira vez, usando o Instagram mais frequentemente que o Twitter para campanhas com anúncios em mídias sociais, mostrou uma pesquisa divulgada na quinta-feira, mais uma indicação de fraqueza na operação de anúncios que tem sido um dos poucos pontos favoráveis para o Twitter.
A pesquisa, de uma unidade da Comcast chamada Strata, foi divulgada na mesma semana em que o Twitter disse que seu chefe de produto, que assumiu a equipe em setembro, está deixando o posto. A empresa de pesquisas eMarketer disse mais cedo neste mês que o Snapchat está a caminho de superar o Twitter em número de usuários ativos nos Estados Unidos, evidenciando a ameaça que o Twitter enfrenta de rivais com crescimento mais rápido.
Em meio à atual luta do Twitter com o crescimento estagnado de usuários, turbulências na administração e queda no preço da ação, as operações de publicidade sob o vice-presidente operacional, Adam Bain, têm sido um relativo oásis de estabilidade. Bain, que entrou para a companhia em 2010, ajudou a construir o Twitter do início até atingir mais de 1 bilhão de dólares em receita em somente três anos.
Mas falhas no negócio de anúncios começaram a aparecer no resultado do primeiro trimestre da companhia, no qual os números ficaram abaixo do esperado por conta dos gastos mais fracos que o previsto por parte de grandes anunciantes. A empresa forneceu uma previsão fraca de receita.
A pesquisa da Strata perguntou a 83 agências de anúncios qual plataforma social seus clientes preferem para campanhas em mídias sociais. Dos anunciantes, 63 por cento afirmaram que estão mais propensos a usar o aplicativo de compartilhamento de fotos Instagram, ante 56 por cento afirmando que usariam o Twitter. O Facebook dominou, com 96 por cento dos anunciantes afirmando que provavelmente o usariam.