Por Tova Cohen e Ari Rabinovitch
TEL AVIV (Reuters) - Israel está flexibilizando regras de exportação de armas cibernéticas, apesar das acusações de grupos de defesa dos direitos humanos e de privacidade de que as tecnologias são usadas por alguns governos para espionar inimigos políticos e esmagar opositores.
A mudança de regra do Ministério da Defesa significa que as empresas poderão obter isenções de licenças para venda de alguns produtos para países específicos, disse uma fonte próxima do setor cibernético à Reuters.
Israel, como outros grandes exportadores de ferramentes de defesa, guarda de perto detalhes das vendas de armas e suas regras de exportação não são amplamente conhecidas, mas o Ministério da Defesa confirmou que a mudança entrou em vigor há cerca de um ano.
Especialistas do setor dizem que a mudança torna possível uma aprovação mais rápida para a venda de armas cibernéticas, ou spyware, que são usadas para invadir dispositivos eletrônicos e monitorar comunicações online.
O ministério disse que a mudança nas regras "foi feita para facilitar o serviço efetivo às indústrias israelenses, mantendo e protegendo os padrões internacionais de controle e supervisão das exportações".
Ele disse que uma isenção de licença de comercialização foi concedida apenas sob "certas condições ligadas à habilitação de segurança do produto e avaliação do país para o qual o produto será comercializado" e que as empresas ainda eram obrigadas a manter uma licença de exportação.
O governo israelense e as empresas se recusaram a comentar sobre quais estados vizinhos estão entre os clientes de spyware.