MILÃO (Reuters) - O órgão regulador de proteção de dados da Itália deu ao Google 18 meses para mudar a forma como trata e armazena dados de usuários, pondo fim a uma investigação que é parte de um movimento europeu para reformar as práticas de privacidade da gigante da Internet.
Reguladores em diversos países europeus, incluindo a Itália, deram início a uma investigação conjunta no ano passado, após o Google consolidar suas 60 práticas de privacidade em apenas uma. A empresa combinou dados coletados de usuários individuais de seus serviços, incluindo YouTube, Gmail e a rede social Google+. O Google não deu aos usuários uma forma de optar pela não consolidação.
Em comunicado nesta segunda-feira, o órgão regulador italiano disse que a maneira como o Google informa aos usuários como seus dados estão sendo tratados permanece inadequada, apesar de a companhia ter tomado medidas para se adequar a leis locais. A autoridade deu 18 meses à empresa para obedecer totalmente às regras.
O regulador, baseado em Roma, disse que o Google não terá a permissão de usar dados para criar perfis dos usuários sem seu consentimento anterior e precisará dizer a eles explicitamente que os perfis são feitos para propósitos comerciais.
Um porta-voz do Google disse que a empresa sempre cooperou com o regulador e vai continuar a fazê-lo, acrescentando que analisará cuidadosamente a decisão antes de tomar novas medidas.
O Google já foi multado por reguladores de França e Espanha por quebrar leis locais sobre proteção a dados.
(Por Danilo Masoni e Leila Abboud)