Por Dan Levine
SAN FRANCISCO (Reuters) - Um juiz dos Estados Unidos lançou dúvidas nesta segunda-feira sobre uma proposta de acordo firmado entre a Hewlett-Packard (HP) e acionistas para resolver uma ação judicial sobre a fracassada aquisição da Autonomy pela gigante de computação.
Em audiência nesta segunda-feira em San Francisco, o juiz distrital Charles Breyer rejeitou milhões de dólares em taxas que procuradores de acionistas teriam recuperado com o acordo.
Para aprovar o restante do pacto, Breyer disse que teria que fazer novas investigações para decidir se rejeita reclamações contra funcionários da HP, incluindo a atual presidente-executiva Meg Whitman, e se isso seria bom para os acionistas.
A HP anunciou uma baixa contábil de 8,8 bilhões de dólares em novembro de 2012, pouco mais de um ano após a compra da Autonomy, e atribuiu mais de 5 bilhões de dólares a fraudes contábeis e financeiras de executivos da Autonomy. A empresa britânica e seus executivos negaram qualquer irregularidade.
Sob os termos do acordo firmado em junho, procuradores dos acionistas concordaram em retirar todas as queixas contra atuais e antigos executivos da HP, incluindo Whitman, membros do conselho e consultores para a empresa.
Já a HP concordou em juntar-se a advogados dos acionistas em reclamações contra ex-executivos da Autonomy, incluindo o presidente-executivo Michael Lynch. Os advogados dos acionistas teriam recuperado pelo menos 18 milhões de dólares.
No tribunal, o advogado da HP, Marc Wolinsky, revelou que a empresa também pretende processar a unidade britânica da Deloitte [DLTE.UL] sobre o seu papel na área de auditoria da Autonomy. Em comunicado, a Deloitte disse que qualquer reivindicação da HP "seria totalmente sem fundamento e vamos nos defender vigorosamente contra ela".
(Por Dan Levine)