HELSINQUE (Reuters) - O lucro da Nokia caiu muito mais do que o esperado no segundo trimestre, conforme operadoras de telecomunicações em todo o mundo gastaram menos em redes móveis mais rápidas, o que levou a empresa a aumentar sua meta de redução de custos na sequência da sua fusão com a Alcatel-Lucent (PA:ALUA).
As ações da fornecedora de redes de telecomunicações finlandesa caíram mais de 1 por cento, com os investidores também nervosos com uma perspectiva mais fraca do que o esperado sobre rentabilidade para o ano inteiro.
A Nokia assumiu o controle da rival francesa Alcatel-Lucent em um negócio de 15,6 bilhões de euros em ações, visando competir melhor contra a sueca Ericsson e a chinesa Huawei em um mercado com perspectivas de crescimento limitado, até que um novo ciclo de atualizações de rede comece ao redor de 2020.
"É um ano de transição (para Nokia), especialmente no primeiro semestre ... Acreditamos que o mercado total de rede ficará estável no ano inteiro, mas foi claramente mais fraco no primeiro semestre", disse o presidente-executivo da Nokia, Rajeev Suri, a repórteres em teleconferência.
Nokia disse que agora objetiva uma economia anual de 1,2 bilhão de euros em 2018, após a fusão Alcatel , contra uma meta anterior de mais de 900 milhões de euros.
A empresa não disse qual seria o impacto sobre o quadro de funcionários. A Nokia começou a demitir em abril, e os sindicatos aguardam a redução de até 15 mil postos de trabalho em todo o mundo.
O lucro antes de juros e impostos da empresa no segundo trimestre caiu 49 por cento, para 332 milhões de euros, abaixo dos 400 milhões de euros estimados em pesquisa da Reuters.
As vendas do grupo caíram 11 por cento na comparação com um ano antes, para 5,67 bilhões de euros, incluindo uma queda nas vendas de equipamentos de rede para 5,23 bilhões de euros, que se compara com consenso de mercado de 5,42 bilhões de euros.
(Reportagem de Jussi Rosendahl and Tuomas Forsell)