SÃO PAULO (Reuters) - O Magazine Luiza (SA:MGLU3) anunciou nesta terça-feira entrada no mercado online de venda de livros físicos, com oferta própria de 240 mil títulos que podem ser retirados nas lojas da rede de varejo, dentro de um plano da empresa de ampliar o uso de seu aplicativo.
A companhia, que deve chegar ao final deste ano com mais de 1.000 pontos de vendas, afirma que tem lojas em 329 cidades do Brasil que não têm livrarias. "É um mercado em crescimento e vamos aproveitar esta oportunidade vendendo livros com entrega rápida e frete grátis", disse em comunicado à imprensa o diretor-executivo de comércio eletrônico do Magazine Luiza, Eduardo Galanternick.
"O objetivo é fazer com que o Magalu se torne referência neste segmento", acrescentou o executivo.
As ações da companhia exibiam alta de 1,97 por cento perto do final do pregão, enquanto o Ibovespa tinha valorização de de 1,4 por cento.
Segundo a companhia, apenas 10 por cento das cidades do Brasil têm pontos de venda físicos para compra de livros.
O anúncio da companhia ocorre em meio a dificuldades de concorrentes tradicionais no segmento de livros. No ano passado, as redes Saraiva (SA:SLED4), maior livraria do país, e Livraria Cultura pediram recuperação judicial.
Questionado sobre isso, Galanternick afirmou que a companhia já estudava entrar na categoria de livros há algum tempo e que estava esperando "entrar nesse mercado em algum momento".
"Há um número muito pequeno de livrarias, que infelizmente está diminuindo. O varejo tem dificuldade de sustentar frete grátis por livros serem produtos de preço muito baixo... Nas nossas conversas com as editoras, vimos que há demanda reprimida para livros, em função da má distribuição", disse o executivo.
Perguntado se a empresa pretende oferecer em seus canais online venda de livros digitais, o executivo disse que a estratégia primária do Magazine Luiza na categoria é atuar na distribuição de livros impressos.
(Por Alberto Alerigi Jr.)