SÃO PAULO (Reuters) - O Mercado Livre no Brasil passou a disponibilizar gratuitamente a partir desta quarta-feira um sistema de gestão para pequenos e médios vendedores que atuam na sua plataforma de marketplace, conforme busca ampliar o escopo de atendimento de tecnologias para gestão de comércio eletrônico.
O Mercado Backoffice Express vem após a aquisição da empresa KPL realizada em 2015, que oferece ferramentas para automatizar etapas de pedidos, emite nota fiscal, controle de fluxo de caixa e de estoques, entre outras rotinas na gestão de vendas.
O público alvo do novo produto são empresas com volume de 300 vendas por mês e faturamento
O novo produto ficará sob o cuidado da nova unidade de negócios da empresa no Brasil, denominada Mercado Backoffice, que também terá sob seu chapéu o sistema KPL Enterprise, que atende a médias e grandes companhias do comércio eletrônico e já estava em funcionamento desde a aquisição da KPL.
Executivos destacaram em evento com a imprensa nesta quarta-fera que o segmento de MPEs tem peso importante na expansão da empresa; e que ferramentas que melhorem o processo de venda nessa categoria tendem a se refletir na experiência de compra do consumdior final e, assim, no crescimento da companhia.
Eles não quiseram estimar um impacto específico no volume de negócios com o novo produto, mas afirmaram esperar que ocorra um aumento representativo. "Nós esperamos um efeito positivo", afirmou o diretor da Mercado Backoffice Brasil, Renato Pereira.
De acordo com o presidente do Mercado Livre Brasil, Helisson Lemos, a empresa também está desenvolvendo um projeto piloto relacionado à gestão de estoque de vendedores, incluindo o armazenamento dos produtos
No evento em sua sede mais cedo nesta quarta-feira, a empresa divulgou terceira edição de pesquisa em parceira com o Ibope Conecta com 512 micros, pequenos, médios vendedores do Mercado Livre no Brasil, corroborando o foco nesse segmento.
No levantamento, 77 por cento dos entrevistados afirmaram ter apurado aumento de vendas em 2016, sendo que nesse universo a expansão média foi de 41 por cento. Para 2017, 94 por cento esperam mostrar alta nas vendas, com a expecativa média nesse grupo de créscimento médio de 35 por cento.
Entre os motivos para o prognóstico neste ano, estão a maior percepção de segurança, o aumento no acesso à internet e mobile.
(Por Paula Arend Laier)