Por Katie Paul
NOVA YORK (Reuters) - A Meta começou nesta quarta-feira a realizar a última de três rodadas de demissões em massa, de acordo com uma fonte familiarizada com o assunto, como parte de um plano anunciado em março para eliminar 10 mil trabalhadores da empresa que controla Facebook (NASDAQ:META), Instagram e Whatsapp.
Em março, a companhia se tornou a primeira grande empresa de tecnologia a anunciar uma segunda rodada de demissões. Os cortes reduziram o número de funcionários da empresa para o patamar de meados de 2021, após uma onda de contratações que dobrou a força de trabalho do grupo em relação a 2020.
Alguns funcionários foram a plataformas de mídia social como o LinkedIn, nesta quarta-feira, para anunciar que foram demitidos na rodada que deverá afetar profundamente as equipes de vendas de anúncios, marketing e parcerias.
No geral, os cortes atingem mais fortemente as funções não relacionadas à engenharia. O presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, afirmou em março que a empresa iria reestruturar as equipes de negócios "substancialmente" e retornar a uma "proporção mais ideal de engenheiros para outras funções".
Mesmo entre os cortes direcionados especificamente às equipes de tecnologia, a empresa eliminou funções não relacionadas à engenharia, como design de conteúdo e pesquisa de experiência do usuário, de forma mais severa, de acordo com executivos.
Cerca de 4 mil funcionários perderam seus empregos nas demissões em massa de abril, disse Zuckerberg, após um corte menor nas equipes de recrutamento em março.
As demissões em massa da empresa acontecem após meses de queda no crescimento da receita em meio à alta inflação e retração dos anúncios digitais.
A empresa também está investindo bilhões de dólares na unidade Reality Labs orientada para o metaverso, que teve prejuízo de 13,7 bilhões de dólares em 2022, e em um projeto para preparar sua infraestrutura para dar suporte ao trabalho de inteligência artificial.