Por Paul Sandle
LONDRES (Reuters) - A Meta, proprietária do Facebook (NASDAQ:FB) (SA:FBOK34), está apelando da decisão da Grã-Bretanha de que deve vender a plataforma de imagens animadas Giphy, dizendo que as evidências não apóiam a conclusão de que o negócio é uma ameaça para seus rivais ou pode impactar a concorrência na publicidade gráfica.
A Autoridade de Concorrência e Mercados da Grã-Bretanha (CMA) ordenou que a Meta vendesse a Giphy, que ela adquiriu por 400 milhões de dólares em maio de 2020, no mês passado após ter decidido que as soluções oferecidas pela empresa dos Estados Unidos não respondiam às suas preocupações.
Foi a primeira vez que o regulador britânico bloqueou uma grande aquisição no setor e isso sinalizou uma mudança radical em seu posicionamento sobre grandes empresas de tecnologia.
"Estamos apelando da decisão do CMA sobre o Giphy e buscaremos a suspensão da ordem de desinvestimento", disse um porta-voz da Meta na quinta-feira.
Metade do tráfego da enorme biblioteca de imagens do Giphy vem das plataformas da Meta, como Facebook, Instagram e WhatsApp. Os GIFs também são populares entre os usuários do TikTok, Twitter e Snapchat, e o CMA estava preocupado com a possibilidade da Meta limitar o acesso ou forçar os rivais a fornecerem mais dados dos usuários.
A empresa disse que não mudaria os termos de acesso dos concorrentes, nem coletaria dados adicionais do uso de GIFs, que não possuem mecanismos de rastreamento online, como pixels ou cookies.
O CMA rejeitou o recurso, que Meta se ofereceu para tornar juridicamente vinculativo, em parte porque exigiria monitoramento contínuo.
O regulador também manifestou preocupação de que a Meta poderia fechar o negócio de publicidade incipiente da Giphy, removendo uma fonte potencial de competição.
A companhia disse que o negócio de publicidade da Giphy não teve sucesso e, se ela tivesse o potencial de se tornar um grande concorrente, seu modelo poderia ser replicado por qualquer outro provedor de GIF.