(Reuters) - Um juiz federal rejeitou o pedido da Mozilla Corp para obrigar o governo norte-americano a revelar uma vulnerabilidade relacionada ao navegador Firefox, que a empresa disse ter sido explorada pelo FBI para investigar usuários de um grande e secreto site de pornografia infantil.
O juiz distrital Robert Bryan, de Tacoma, Washington, rejeitou na segunda-feira permissão para que a empresa interferisse em um caso contra o administrador de escola acusado na investigação, Jay Michaud.
Bryan havia ordenado anteriormente que os promotores revelassem aos advogados de Michaud uma falha no navegador usada para visualizar sites, incluindo o de pornografia infantil, na rede anônima Tor, que é parcialmente baseada no código do navegador do Firefox.
A Mozilla, posteriormente, tentou intervir, buscando um mandado para obrigar o governo a revelar à empresa a vulnerabilidade antes de o fazê-lo a Michaud, para que então a companhia pudesse consertá-la.
Mas após o Departamento de Justiça pedir que Bryan reconsiderasse, citando interesses de segurança nacional, ele manteve na quinta-feira que os promotores não precisam fazer a revelação a Michaud.
Na decisão de segunda-feira, Bryan disse que a decisão de quinta-feira tornou o pedido discutível e "parece que as preocupações da Mozilla devem ser endereçadas aos Estados Unidos".
(Por Nate Raymond)