Por Vladimir Soldatkin e Humeyra Pamuk
GENEBRA (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse ao presidente russo, Vladimir Putin, nesta quarta-feira, que certas infraestruturas cruciais deveriam ser zonas "inacessíveis" para ataques cibernéticos, mas analistas disseram que seus esforços dificilmente terão mais sucesso do que as tentativas anteriores de criar zonas seguras online.
Biden não foi explícito sobre quais áreas ele quer proteger, mas falou de 16 tipos de infraestrutura --uma aparente referência aos 16 setores designados como cruciais pelo Departamento de Segurança Interna dos EUA, incluindo telecomunicações, saúde, alimentação e energia.
"Concordamos em contratar especialistas nos dois países para trabalhar em entendimentos específicos sobre o que seria inacessível", disse Biden após uma cúpula com Putin em Genebra. "Vamos descobrir se temos um acordo de segurança cibernética que começa a trazer alguma ordem."
Uma autoridade de alto escalão do governo afirmou que a proposta se concentra em ataques cibernéticos "destrutivos", em oposição às operações convencionais de espionagem digital realizadas por agências de inteligência em todo o mundo.
A resposta de Putin à ideia não estava imediatamente clara. Em outra entrevista coletiva, ele disse que os dois líderes concordaram em "iniciar consultas" sobre questões de segurança cibernética, mas não se referiu diretamente à proposta de Biden.