Por Eric Auchard
LONDRES (Reuters) - As gigantes rivais de semicondutores ARM e Intel (NASDAQ:INTC) concordaram em trabalhar juntas para gerenciar redes de dispositivos conectados de ambas as empresas, eliminando um grande obstáculo ao crescimento do mercado de Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês).
A britânica ARM, uma unidade do Softbank, informou nesta segunda-feira que fechou uma parceria estratégica com a Intel para usar padrões comuns desenvolvidos pela Intel para o gerenciamento de dispositivos, conexões e dados de IoT.
A Internet das Coisas envolve a conexão de chips simples que detectam distância, movimento, temperatura, pressão e imagens a serem usadas em uma variedade cada vez maior de produtos eletrônicos, como luzes, parquímetros ou refrigeradores.
Ao permitir que seus dispositivos sejam gerenciados por meio de uma única plataforma, a ARM e a Intel permitem que tarefas como atualizações de segurança sejam automatizadas. Atualmente tais processos dependem de atualizações manuais realizadas por técnicos em campo.
O acordo da ARM para adotar os padrões da Intel para o gerenciamento seguro de tais redes representa um avanço que promete impulsionar a expansão da IoT em muitos setores, disseram as duas empresas.
"Observamos uma aceleração significativa em termos de como o mercado crescerá em termos do número de dispositivos gerenciados e do volume de dados que passa por esses sistemas", disse à Reuters Himagiri Mukkamala, vice-presidente da ARM e gerente-geral da divisão de IoT Cloud Services da empresa.
Espera-se que os fabricantes de chips enviem cerca de 100 bilhões de dispositivos IoT com chips da ARM nos próximos quatro a cinco anos, correspondendo ao número total de semicondutores da ARM embarcados nos últimos 25 anos, disse Mukkamala. A empresa prevê que até 1 trilhão de dispositivos de IoT serão colocados em funcionamento no mundo nas próximas duas décadas.
A plataforma de gerenciamento Pelion IoT, lançada recentemente pela ARM, contará com as especificações Secure Device Onboard da Intel anunciadas há um ano. Isso permitirá que os clientes usem chips IoT baseados nos produtos de ambas as empresa para gerenciá-los no mesmo sistema, disseram executivos das duas empresas em declarações separadas.
(Por Eric Auchard)