MUMBAI (Reuters) - A Samsung Electronics abriu na Índia nesta terça-feira sua maior loja de aparelhos móveis no mundo, conforme tenta assumir a liderança no segundo maior mercado mundial de smartphones em meio à acirrada concorrência de marcas chinesas.
A loja de aproximadamente 3 mil metros quadrados da gigante sul-coreana de tecnologia no centro tecnológico ao sul de Bengaluru a ajudará a ampliar a liderança na Índia em relação à rival Apple (NASDAQ:AAPL), que ainda não abriu lojas próprias no país.
A Índia, que possui mais de 1 bilhão de conexões sem fio, apresenta uma oportunidade lucrativa para fabricantes de smartphones expandirem as operações além de China e Estados Unidos, onde o crescimento desacelerou.
A Samsung abriu a maior fábrica de smartphones do mundo há apenas dois meses nos arredores da capital indiana Nova Délhi.
"A Índia é um mercado extremamente importante", afirmou à Reuters Mohandeep Singh, vice-presidente sênior de negócios móveis na Samsung India, acrescentando que a companhia planeja abrir mais dessas lojas em algumas das 10 maiores cidades da Índia.
"Essas lojas...realmente nos ajudarão a consolidar ainda mais nossa participação de mercado, conforme avançamos", disse Singh.
A nova loja exibirá aparelhos móveis da Samsung, mas também apresentará ao consumidor outros produtos eletrônicos e as mais recentes inovações, além de sediar um centro de serviços para telefones.
A Samsung desembolsou uma "enorme" quantia de dinheiro para alugar a propriedade, disse Singh, sem entrar em detalhes.
A companhia, que administra 2.100 lojas na Índia por meio de franqueados parceiros, está enfrentando a concorrência de uma série de marcas chinesas lideradas pela Xiaomi (HK:1810) Corp.
A empresa quer evoluir em marketing online, lançando itens voltados para a geração de millennials, em um esforço para se reinventar como uma "marca mais jovem" e encontrando um novo amor ao fechar acordo de patrocínio do críquete, um dos esportes mais populares da Índia.
A Samsung também pretende desenvolver um centro como ponto de encontro de startups e grupos de venture capital, acrescentou Singh.
A Apple vende seus aparelhos móveis na Índia por meio de revendedores e tem uma escassa participação de mercado de 1 por cento no país.
(Por Sankalp Phartiyal)