WASHINGTON (Reuters) - A Sprint continuará investindo em suas redes mesmo se os reguladores norte-americanos adotarem regras de neutralidade mais estritas, contanto que sejam aplicadas em um "tom leve", disse a companhia em carta enviada à Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês) nesta sexta-feira.
A posição da Sprint parece contrastar com outras companhias de cabo e telefone que rejeitaram veementemente a possibilidade de a FCC regular os provedores de Internet mais estritamente sob uma sessão da lei de comunicações conhecida como Título II, que as trataria como serviços públicos.
O presidente Barack Obama defendeu o uso do Título II para garantir que os provedores tratem todo o tráfego da Web de forma igualitária e a Casa Branca disse na quinta-feira que essa abordagem deu à FCC a autoridade necessária, sem a necessidade de legislação.
Está em questão se os provedores serão proibidos de bloquear ou desacelerar sites e aplicações e cobrar das companhias de conteúdo para priorizar downloads.
"A Sprint não acredita que uma aplicação em tom leve do Título II, incluindo a contenção necessária, prejudicaria os continuados investimentos e desenvolvimento em serviços de banda larga móvel", escreveu o diretor de tecnologia da Sprint, Stephen Bye, ao presidente da FCC, Tom Wheeler, em carta datada de 15 de janeiro.
"Contanto que a FCC continue a permitir que as operadoras de celular administrem suas redes e diferenciem seus produtos, a Sprint continuará a investir em redes de dados mesmo que forem reguladas pelo Título II, Sessão 706, ou outro regime regulatório mais leve."
(Por Alina Selyukh)