Por Lawrence Hurley
WASHINGTON (Reuters) - A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou nesta segunda-feira proposta do Google para arquivar ação coletiva envolvendo alegações de que a empresa enganou anunciantes da Califórnia sobre a colocação de anúncios na Internet através do seu serviço Adwords.
A medida mantém a decisão de setembro 2015 tomada por uma Corte de Apelações de San Francisco, determinando que o litígio poderia avançar como ação de classe que representa anunciantes que usaram o serviço entre 2004 e 2008.
O processo acusou o Google de violar leis de publicidade da Califórnia porque teria enganado anunciantes sobre onde os anúncios seriam inseridos. O Adwords foi criado principalmente para colocar anúncios ao lado de resultados relevantes de busca na Internet. Mas os autores disseram que o Google deveria ter revelado que os anúncios também apareceriam em lugares indesejáveis, tais como páginas de erro e sites conhecidos como domínios estacionados.
Um juiz do tribunal distrital federal em 2012 decidiu que o caso não podia ir adiante como ação de classe, em parte porque cada anunciante receberia diferentes indenizações, já que cada um teria pago somas diferentes para os anúncios, disse o juiz. O tribunal de apelações reverteu o determinado pelo tribunal distrital, o que levou o Google a pedir intervenção do Supremo.