(Reuters) - T-Mobile e Sprint planejam anunciar um acordo de fusão sem venda imediata de ativos, enquanto tentam preservar sinergias e a maior parte de seus ativos de espectro, antes que reguladores peçam concessões, segundo fontes a par do assunto.
Embora empresas não costumem divulgar desinvestimentos durante anúncios de fusão, a abordagem da T-Mobile e da Sprint mostra que as empresas planejam entrar no que poderia ser uma negociação desafiadora com reguladores antitruste e de telecomunicações dos EUA sem terem feito concessões prévias.
A Reuters publicou semana passada que oficiais antitruste do Departamento de Justiça dos EUA estão céticos com um acordo, que uniria a terceira e a quarta maiores operadoras móveis do país. No entanto, os reguladores só podem começar a revisar uma fusão uma vez que tenha sido acordada e anunciada.
A T-Mobile e a Sprint estão preparando uma estratégia de negociação para enfrentar demandas dos reguladores em relação à venda de ativos, incluindo o desinvestimento de algumas licenças de espectro após o negócio ser anunciado, disseram as fontes.
O anúncio da proposta de fusão, previsto para o fim de outubro ou início de novembro, focará em potenciais benefícios para consumidores, incluindo o avanço da tecnologia sem fio 5G da próxima geração, que requer investimentos consideráveis, acrescentaram as fontes.
"É melhor que Sprint e T-Mobile ouçam e conheçam as preocupações dos reguladores primeiro, e ver se há algo que pode ser feito para resolver essas preocupações", disse o pesquisador da MoffettNathanson, Craig Moffett.
Uma combinação de T-Mobile e Sprint criaria uma empresa com mais de 130 milhões de assinantes dos Estados Unidos, logo atrás da Verizon e da AT&T.
(Por Liana B. Baker e Anjali Athavaley)