Por Steve Holland
WASHINGTON (Reuters) - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que o resultado da eleição presidencial dos EUA em 2016 não foi afetado por ataques cibernéticos, após agências de inteligência concluírem que a Rússia fez ataques cibernéticos durante a campanha.
Após minimizar mais cedo a controvérsia como "caça às bruxas política", Trump divulgou comunicado cujo principal objetivo parecia ser afastar questões sobre a legitimidade de sua vitória eleitoral de 8 de novembro sobre a democrata Hillary Clinton.
Trump disse que "Rússia, China, outros países, grupos externos e pessoas" buscam atacar instituições norte-americanas, como o Comitê Nacional Democrata. "Não houve absolutamente nenhum efeito sobre o resultado da eleição, incluindo o fato de que não houve qualquer manipulação nas máquinas de votação."
O empresário, que tomará posse em 20 de janeiro, disse que nomeará uma equipe para lhe apresentar em 90 dias após a posse um plano sobre como evitar ataques cibernéticos, mas sugeriu que manterá essas recomendações em segredo.
"Os métodos, ferramentas e táticas que usamos para manter a América segura não devem ser alvo de discussão pública que beneficie aqueles que tentam nos fazer mal", disse Trump.
Trump divulgou o comunicado após receber informações de autoridades de inteligência sobre suas conclusões, tornadas públicas inicialmente em outubro, de que o governo russo dirigiu os ataques cibernéticos, que constrangeu os democratas.
A Rússia nega as acusações.