Por Paulina Duran
SYDNEY (Reuters) - Um escritório de advocacia entrou com uma ação de classe contra o Uber (NYSE:UBER) em nome de milhares motoristas de táxi e de fretados na Austrália, acusando a maior empresa de transporte compartilhado do mundo de operar ilegalmente e prejudicá-los financeiramente.
O processo, aberto nesta sexta-feira na Corte Suprema de Victoria pelo escritório de advocacia Maurice Blackburn, foi levado em nome de cerca de 6 mil motoristas e proprietários de licenças de táxi de quatro Estados australianos, disseram os advogados em um comunicado.
"Este será um caso marcante em relação às supostas operações ilegais do Uber na Austrália e o impacto devastador que teve sobre as vidas de cidadãos que trabalham duro e cumprem a lei aqui", disse Andrew Watson, chefe nacional de Ações de Classe do Maurice Blackburn em um comunicado.
Um porta-voz do Uber disse que a empresa não recebeu uma ação coletiva e negou que tenha funcionado ilegalmente.
"O Uber nega essa alegação e, se uma queixa for apresentada, a reivindicação será vigorosamente defendida", disse em comunicado enviado por email.
"Continuaremos nosso compromisso de proporcionar uma grande experiência aos australianos em todas as cidades onde operamos."
Os advogados alegam que o Uber sabia que suas operações na Austrália eram ilegais por vários motivos, tanto que "adotou uma política de operar em qualquer mercado onde o regulador tivesse aprovado tacitamente por não ter adotado medidas de fiscalização direta".