Por Philip Blenkinsop
BRUXELAS (Reuters) - A Comissão Europeia acusou a Valve, proprietária de uma plataforma de distribuição de videogames, e cinco publicadoras de jogos nesta sexta-feira, por impedir consumidores da União Europeia de fazer compras online dentro das lojas dos países do bloco para encontrar o melhor negócio para os jogos oferecidos.
O caso é o mais recente movimento dos reguladores antitruste da UE contra as restrições transfronteiriças no comércio online, fundamental para o que é visto como uma parte importante do crescimento econômico no bloco de 28 países.
A Comissão, que supervisiona a política de concorrência nos 28 países da UE, disse que as empresas eram a Valve Corp, dona da maior plataforma de distribuição de videogames do mundo, a Steam, e cinco fabricantes de jogos - Bandai Namco, Capcom, Focus Home, Koch Media e ZeniMax.
"Num verdadeiro mercado único digital, os consumidores europeus devem ter o direito de comprar e jogar videogames de sua escolha, independentemente de onde morem na UE", disse a comissária europeia Margrethe Vestager.
A Comissão enviou o que chama de "declaração de objeções" às empresas, permitindo-lhes responder e solicitar audiências para apresentar seus argumentos.
As empresas consideradas culpadas de comportamento anticoncorrencial podem ser multadas em até 10 por cento de seu faturamento global anual.
A Comissão disse estar preocupada com o fato de que a Valve e as cinco distribuidoras de jogos concordaram em impedir vendas transfronteiriças ao bloquear geograficamente as "chaves de ativação" que permitem que os consumidores possam jogar.
Isso pode ter impedido os consumidores de comprar jogos mais baratos disponíveis em outros países da UE.