A União Europeia (UE) acusou nesta segunda-feira, 19, a Meta (NASDAQ:META) (BVMF:M1TA34) de violar regras antitruste ao distorcer a concorrência nos anúncios classificados online. As regras são a mais recente manobra do bloco para conter o poder das grandes empresas de tecnologia. Após a acusação, a ação da empresa caia 1,31% no pré-mercado de Nova York, às 10 horas (de Brasília).
Em sua reclamação após uma investigação lançada no ano passado, a comissão executiva da UE questionou a empresa de tecnologia vinculando seu negócio de anúncios classificados online, o Facebook Marketplace, ao Facebook. Também está preocupado que a Meta imponha condições comerciais injustas aos rivais "para seu próprio benefício".
A Meta contestou as acusações. "As alegações feitas pela Comissão Europeia são infundadas", disse Tim Lamb, chefe de concorrência da Meta para a Europa, Oriente Médio e África (EMEA, na sigla em inglês), em um comunicado preparado. "Continuaremos a trabalhar com as autoridades reguladoras para demonstrar que a inovação de nossos produtos é pró-consumidor e pró-competitiva."
A Comissão, principal executora antitruste do bloco de 27 nações, disse que, ao vincular o Marketplace à sua rede social, os usuários do Facebook automaticamente têm acesso ao Marketplace "querendo ou não", levantando preocupações de que os concorrentes sejam excluídos porque o empate dá ao Marketplace uma vantagem que eles não podem igualar.
As empresas que violarem as regras antitruste da UE podem ser multadas em até 10% de sua receita global anual.