SÃO PAULO (Reuters) - As vendas de tablets no Brasil no próximo ano devem recuar 10 por cento, acumulando retração de cerca de 60 por cento em três anos, afirmou nesta segunda-feira a empresa de pesquisa de mercado IDC.
Levantamento da empresa afirma que o número de tablets a serem vendidos no Brasil em 2017 deve cair para 3,6 milhões de unidades, ante 4 milhões esperados para este ano. Em 2015, as vendas somaram cerca de 6 milhões de aparelhos após 9 milhões em 2014.
Segundo Wellington La Falce, analista de mercado da IDC Brasil, além dos efeitos da recessão, o encolhimento do mercado de tablets acontece com o avanço dos celulares inteligentes com telas cada vez maiores.
"Houve uma canibalização dos tablets, já que não conseguimos mais justificar a compra de dois aparelhos tão similares. Além disso, muitos fabricantes abandonaram o Brasil. Atualmente, apenas três marcas concentram 75 por cento de todo o mercado”, afirmou o analista, em comunicado à imprensa.
A expectativa é que as vendas de smartphones no Brasil este ano recuem a 40,3 milhões de aparelhos, queda cerca de 14 por cento sobre 2015, segundo a IDC. Já a queda esperada nas vendas de tablets neste ano em relação a 2015 é de 33,3 por cento.
No primeiro semestre, foram comercializados no Brasil cerca de 1,7 milhão de tablets, queda de 43 por cento sobre o mesmo período do ano passado, afirmou o analista.
Para 2018, a IDC espera uma queda de um dígito nas vendas de tablets no Brasil, com uma certa estabilização do mercado que passará a ser mais focado em aparelhos com mais funções, mas preços maiores, afirmou Falce.
(Por Alberto Alerigi Jr.)