(Reuters) - Um tribunal indiano permitiu temporariamente nesta terça-feira a empresa de tecnologia Xiaomi vender alguns de seus aparelhos no país, cerca de uma semana depois de ter pedido que a companhia chinesa suspendesse as vendas no terceiro maior mercado de smartphones do mundo.
A Xiaomi recebeu o pedido para suspender a venda de smartphones em um processo relacionado a infração de patentes que a fabricante de equipamentos de telecomunicações Ericsson entrou contra a companhia chinesa.
Nesta terça-feira, o tribunal deu à Xiaomi permissão para continuar importando telefones que têm chips Qualcomm até a próxima audiência em 8 de janeiro, desde que a Xiaomi depositasse 100 rúpias indianas (1,5712 dólar) para cada aparelho vendido, disse a Ericsson.
A Xiaomi, cujos aparelhos baratos -- mas com muitas funcionalidades -- fez com que a empresa se tornasse a maior fabricante de smartphones da China, vende exclusivamente por meio da varejista online Flipkart.com na Índia.
Tanto a Xiaomi como a Flipkart.com foram ordenadas por um tribunal local a interromper as vendas de aparelhos até 5 de fevereiro, quando deverá haver audiência sobre o caso, de acordo com documentos judiciais aos quais a Reuters teve acesso.
"A Xiaomi precisa de uma licença da Ericsson para todos seus aparelhos importados pela Índia, o que será esclarecido na próxima audiência", disse o porta-voz da Ericsson em e-mail.
A Xiaomi disse que a companhia não comentaria o caso. Os aparelhos da marca Mi3 e Redmi 1S usam chips Qualcomm, de acordo com o site da companhia. Seu aparelho Redmi Note usa um processador da MediaTek.
(Por Nivedita Bhattacharjee)